Impossível estar tão perto das nossas origens e não desembarcar nem que fosse por pouco tempo em Lisboa. E os três dias, que achávamos fosse pouco, foi suficiente para a apreciar com calma a atmosfera lisbonense ou lisboeta como preferir chamar.
Desembarcamos em Lisboa já a noite, uma sexta-feira, dia 25/01/19. Metrô foi nosso meio de transporte do aeroporto até o Bairro Alto onde nos hospedamos. Pegamos a linha vermelha do metrô, baldeamos para a linha verde na estação Alameda e seguimos até a estação baixa-chiado onde descemos e caminhamos por cerca de 15 minutos até nossa acomodação.
Como chegamos só a noite, fizemos somente algumas compras em um mercado relativamente próximo à nossa acomodação e logo dormimos para maratona do dia seguinte.
No primeiro dia de tour em Lisboa começamos descendo, sem pressa, do Bairro Alto onde nos hospedamos até a região do Cais do Sodré. O dia estava ensolarado e a temperatura super amena.
Cais do Sodré é um movimentado bairro, principalmente à noite, na parte baixa da cidade onde se localiza, na margem do Rio Tejo, a estação fluvial Cais do Sodré de onde saem os Barcos que cruzam o rio e as excursões pelo Tejo.
Lá também se localiza a famosa Rua Rosa e seus tradicionais bares e o Mercado da Ribeira/Time Out Market, inaugurado no final do século 19 para atender aos moradores locais, hoje, os alimentos do mercado dividem espaço com restaurantes 4 ou 5 estrelas graças a um projeto da revista Time Out, concessionária do mercado, para dar espaço aos restaurantes.
Depois de passar pelo Mercado da Ribeira e Rua Rosa, subimos as ladeiras em direção à parte alta da cidade onde fica localizado o Elevador de Santa Justa. Inaugurado em 1902 para ser, simplesmente, um meio de transporte da cidade baixa (rua de Santa Justa) até a cidade alta (Largo do Carmo), hoje é ponto turístico que divide opiniões sobre o custo benefício de subir por ele.
Como, sem querer (pois como disse estávamos andando à deriva pela cidade),chegamos primeiramente até o Largo do Carmo (parte alta) decidimos não entrar no elevador já que a vista do Largo, para nós, já foi suficiente. Porém se estiver por lá e decidir passar por uma experiência a mais os ingressos para subir da cidade baixa até a cidade alta custa 5,50 euros e a subida até o Miradouro – parte mais alta do elevador de onde se tem uma vista panorâmica da baixa Lisboa incluindo o Castelo de São Jorge – custa 1,50 euro a mais.
O acesso da parte alta até o Miradouro é feito somente por escadas.
À noite saímos para jantar e nos deparamos com uma galera reunida perto dos bares na rua da Atalaia no bairro Alto, nós, claro, entramos no clima e resolvemos tomar umas cervas por ali mesmo e curtir a música com a galera. Se você gosta desse tipo de agito, não deixe de aparecer por essas bandas à noite quando estiver de passagem por Lisboa.
No segundo dia pegamos um ônibus em frente ao Mercado da Ribeira e fomos conhecer um dos panos de fundo de várias fotos clichê de quem passa por Lisboa, a Torre de Belém.
Localizada na margem norte do rio Tejo foi construída entre 1514 e 1520 e está inscrita na lista de Patrimônio Mundial da Unesco. A torre tinha a função primária de defender Portugal contra ataques de inimigos e com o passar dos anos foi perdendo essa função e usada como farol e até mesmo prisão política. A entrada na torre custa 6 euros e para chegar até lá dependendo de onde estiver você pode pegar ônibus metrô ou barco.
Próxima à Torre de Belém existem vários pontos turísticos que são pontos de parada obrigatórios para quem está de passagem por Lisboa, portanto reserve um dia inteiro para explorar a freguesia de Belém assim como nós fizemos.
Da Torre de Belém passamos pelo Padrão dos Descobrimentos. O monumento, que também está localizado à beira do Rio Tejo, recorda a expansão marítima portuguesa em um passado glorioso.
Seguimos o tour em direção ao Mosteiro dos Jerônimos que está localizado logo em frente ao Padrão dos Descobrimentos, porém para chegar até o mosteiro é necessário passar pela passagem subterrânea com entrada próxima ao Padrão – esteja atento a isso quando estiver por lá!
A ultra-mega-famosa Pastelaria de Belém foi nossa próxima parada. Ela fica localizada bem próxima ao mosteiro e nem precisamos caminhar muito para ver a fila intermitente do lado de fora da pastelaria formada por aqueles que querem provar o icônico Pastel de Belém fabricado na Pastelaria de Belém. Entramos na fila e, claro, garantimos nossos pasteizinhos (que mais parece uma empada rsrs).
Ainda deu tempo de conhecer e fazer algumas comprinhas no Shopping Colombo. Nós particularmente não costumamos gastar tempo de viagem visitando shoppings centers principalmente quando temos pouco tempo. Porém como ainda precisávamos adquirir algumas coisinhas para a volta ao Brasil e as atrações turísticas do dia estavam completas valeu a pena dar uma passadinha por lá e poder contar a experiência aqui para vocês.
O Centro Colombo, como é chamado é um shopping grande e possui muitas lojas, dentre elas as principais lojas de departamento do mundo. Além disso dentro do shopping há um enorme supermercado Continente (uma das principais redes de supermercado de Portugal). O típico supermercado (hipermercado) onde se pode comprar de tudooo, dentro do supermercado há também um restaurante/lanchonete com ótimos preços de refeições.
Portanto está recomendadíssima a visita ao shopping para quem quiser comprar algo ou somente conhecer algum shopping em Lisboa.
O penúltimo dia de viagem (terceiro dia inteiro em Lisboa) descemos novamente até a baixa de Lisboa em direção à Praça do Comércio (Terreiro do Paço como era chamado). Local onde se situava o palácio real, hoje a praça mais importante de Lisboa abriga um conjunto de construções e por muitos anos, por se localizar praticamente às margens do rio, foi a porta de Lisboa.
Anexo à praça está o Arco Triunfal da Rua Augusta que dá início, claro, à rua Augusta, famosíssima por seu charme peculiar recheada de lojas, restaurantes, cafés. Uma rua para caminhar sem pressa e definitivamente esquecer do tempo. O Arco da Rua Augusta foi construído em comemoração à reconstrução da cidade, destruída após o terremoto de 1755 que, inclusive, destruiu o Palácio Real.
O último ponto da viagem foi subir até o miradouro da Graça para se despedir da cidade e tirar a foto de capa desta matéria.
Claro não visitamos exatamente todos os pontos que a cidade oferece, porém visitamos os principais e para nós os três dias em Lisboa foi suficiente.
Dica: a depender do seu estilo de viagem e se estiver com pouco tempo, gaste três no máximo (!) quatro dias para conhecer Lisboa e siga para outras cidades famosas do interior de Portugal como Porto, cidades que ainda não conhecemos, porém, conforme relatos dos próprios portugueses e viajantes são lugares com características bem diferentes.
Nos hospedamos mo Bairro Alto em um flat que reservamos pelo Airbnb. Bairro Alto é sem dúvida uma ótima região para se hospedar, principalmente pela proximidade com bares e restaurantes e como citamos ao longo da matéria, algumas ruas do bairro à noite estavam bem animadas e então pudemos nos divertir (leia-se: tomar umas brejas) sem nos preocupar com a volta para casa, afinal estávamos ao lado de nossa acomodação.
O deslocamento para os principais pontos turísticos é de fácil acesso a pé, porém como o próprio nome do bairro já diz, o bairro fica no alto então prepare-se para subir as ladeiras de Lisboa sempre que sair de casa.
Outro ponto importante, é que o metrô, dependendo de onde se localizar a sua acomodação, pode não ser tão perto, como no nosso caso, sendo estes pontos importantes para quem tem problemas com mobilidade.
Já nos últimos de dias de viagem e contando os euros no bolso, aproveitamos para comer a maior parte das vezes em casa, porém sem deixar de experimentar as principais comidas e petiscos da gastronomia portuguesa. Para isso, no supermercado sempre estamos atentos e optamos por comprar produtos locais. Assim, mesmo com pouco dinheiro no bolso, não deixamos de vivenciar o costume gastronômico local.
Sem dúvida alguma Lisboa foi a cidade em que pegamos a melhor temperatura de toda viagem.
De dia temperatura em torno de 14 a 21ºC e à noite média de 11ºC – deu até pra usar meu vestidinho de algodão (por baixo do casaco com meia calça, claro). Isso porque, com exceção do primeiro dia, o céu estava nublado, já no primeiro dia, quando o céu estava limpo, as temperaturas bateram facilmente os 20 ºC.
Portanto, para quem tem problemas com baixas temperaturas, Lisboa pode ser uma ótima opção de destino durante o inverno europeu.
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