Nossa viagem em direção à Tailândia começou em um confortável ônibus de dois andares saindo de Siem Riep no Camboja – passamos incríveis três dias no Camboja (contamos tudo sobre essa aventura aqui).
A viagem durou em torno de 9 horas (saímos às 8 horas da manhã) e optamos pela via terrestre em razão da discrepância de preço entre passagens de ônibus e avião para a rota. Fomos pela empresa Mekong Express, a mesma que utilizamos na rota de Ho Chi Minh para Siem Riep, mas existe a opção de horário noturno pela bem indicada empresa de transportes terrestres Giant Ibis.
Um fato interessante que gostaríamos de compartilhar é que tivemos um problema com nossas passagens de ônibus. Como preferimos sempre planejar nossas viagens e assim diminuir o risco de imprevistos, os trajetos e hospedagens são geralmente comprados com antecedência, no entanto, tivemos um problema em Siem Riep justamente por ter antecipado a compra.
No dia anterior à viagem resolvemos ir até a agência em Siem Riep para verificar se estava tudo certo, porém não encontraram nossa reserva de passagem no sistema da agência. Como sempre levamos os comprovantes de tudo em formato impresso em uma pasta, tivemos como provar e no final acabamos sendo alocados em um ônibus melhor e na melhor poltrona rsrs – no primeiro assento do segundo andar com bastante espaço para esticar as pernas e visão panorâmica de toda a viagem.
Portanto fica a dica e leve sempre os comprovantes impressos (de preferência) e/ou digitais e sempre que possível verifique pessoalmente se está tudo certo com sua viagem.
No caminho fizemos uma parada na conveniência Seven Eleven para lanche e aqui faço uma observação importante. Sempre tenha consigo dinheiro em espécie, no Sudeste Asiático muitos lugares não aceitam cartão de crédito e quando aceitam, algumas vezes, exigem um mínimo de compra. No caso, a Seven Eleven exige um minimo de 300 Baths por compra – 30 reais aproximadamente.
Já na fronteira do Camboja com a Tailândia tivemos que descer do ônibus com todas (todas!) as nossas coisas, ir até a imigração, atravessar a fronteira a pé e, já no lado Tailandês, embarcar em nosso ônibus novamente. Na imigração enfrentamos uma enorme fila e o serviço foi bem demorado, ficamos cerca de duas horas em pé aguardando nossa vez para dar entrada no país.
Em geral achamos o serviço de imigração terrestre nos países que passamos no sudeste asiático bem ruins (demorados) portanto se prepare para isso em sua viagem por terra por estas bandas
Observação: Não é exigido visto para brasileiros na Tailândia, porém os viajantes devem estar vacinados contra a febre amarela e obter o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia. Em nenhum momento durante toda a nossa viagem pelo Sudeste Asiático precisamos apresentar tal documento, porém é melhor não contar com a sorte e levar consigo o documento impresso.
Tailândia é um país localizado no sudeste asiático limitado pelo Laos e Myanmar a norte; Laos e Camboja a leste; a Malásia e o Golfo da Tailândia ao sul; e limitado a oeste com o Mar de Andamão.
Sua área total é de cerca de 513,115 km², sendo o terceiro maior país da região.
É governado por um junta militar que tomou o poder em 2014. A sua principal religião é o budismo. A moeda é o Bath tailandês (bath), sendo sua conversão para o real relativamente simples, retirando somente um zero a esquerda do valor. Ex: 100 Bath= 10 reais aproximadamente. A língua oficial é o tailandês e cerca de 95% do pais pratica o budismo como religião.
Sua capital é Bangkok e está situada à margem esquerda do rio Chao Phraya, nas proximidades do Golfo da Tailândia, possui cerca de 8.280.925 habitantes e é a cidade mais visitada do mundo atualmente.
Curiosidade: o nome da cidade na escrita tailandesa, segundo o Guinness Book, é o mais extenso do mundo: Krung Thep Mahanakhon Amon Rattanakosin Mahinthara Ayuthaya Mahadilok Phop Noppharat Ratchathani Burirom Udomratchaniwet Mahasathan Amon Piman Awatan Sathit Sakkathattiya Witsanukam Prasit e em tailandês: กรุงเทพมหานคร อมรรัตนโกสินทร์ มหินทรายุธยามหาดิลก ภพนพรัตน์ ราชธานีบุรีรมย์ อุดมราชนิเวศน์ มหาสถาน อมรพิมาน อวตารสถิต สักกะทัตติยะ วิษณุกรรมประสิทธิ์.
Hospedar-se perto da Khao San Road é provavelmente uma das melhores opções na cidade. Khao San é a mais agitada rua de Bangkok à noite e possui dezenas de bares com música ao vivo e barracas de comida regional. Na rua é possível comprar desde roupas até espetinho de inseto. Mas é indicado para quem gosta de movimentação, agitação e muito, muito barulho.
Há também a opção de hospedar-se à beira do Chao Phraya, o principal rio que cruza Bangkok. Com uma vista panorâmica da cidade e hotéis mais luxuosos, é indicado para quem viaja em família e/ou prefere mais conforto.
Uma outra opção é se hospedar perto da avenida Sukhumvit. É a avenida mais famosa de Bangkok e liga os principais pontos da cidade. Um pouco distante, mas bem servida por transporte público.
Depois de quase 10 horas de viagem, desembarcamos em Bangkok já à noite e, para aproveitarmos o restinho da nossa primeira noite na cidade, fomos rapidamente conhecer a rua responsável pelo agito noturno na cidade, a famosa Khao San Road, não demoramos muito e voltamos para o apartamento para descansar.
No dia seguinte, como planejado, fomos conhecer principal templo budista de Bangkok, o Grand Palace. Localizado no coração de Bangkok, na Tailândia, o Grand Palace foi a antiga residência da família real da Tailândia e hoje, o local é usado para hospedar cerimônias reais e receber os hóspedes do rei, os convidados do estado e outros. É também um local onde permaneciam os restos de reis e membros de alta patente da família real. Está dividido em duas zonas principais, o Wat Phra Kaew ou Templo do Buda de Esmeralda e a residência real.
Chegamos por volta de meio-dia no Grande Palácio, um péssimo horário pois além de o sol estar a pino – o complexo é todo aberto, com poucas arvores para se proteger do sol – o templo estava lotado(!) foi quase impossível entrar no Templo do Buda de Esmeralda e permanecer lá dentro em meio à multidão e o cheiro insuportável de chulé – para entrar no Templo do Buda de Esmeralda é preciso tirar os sapatos.
Portanto não cometa esse erro, chegue bem cedo ao templo e fuja da multidão, principalmente dos grandes grupos de chineses que chegam em bando e preenchem qualquer espaço vazio.
O ingresso para entrada no complexo custa 500 Baths e pode ser adquirido no local ou antecipadamente. Neste site você encontrará informações sobre horários e compra de ingresso para a visita.
Outro detalhe importante para quem visita o Grande Palácio, é a exigência de vestimentas adequadas para entrar no templo. Ombros e joelhos devem estar cobertos e se porventura você se esquecer deste detalhe, não se preocupe, pois há várias lojas em frente ao templo que vendem ou alugam roupas e lenços com tecidos leves a bons preços. Eu, por exemplo, fui barrado na porta por estar de bermuda e tive que comprar uma calça lá mesmo.
Apesar de o preço do ingresso ser um pouquinho salgado, vale a pena a visita, o templo é muito bonito com decoração minunciosamente detalhada. Além disso o Grande Palácio é o principal ponto turístico da cidade, ou seja, a visita para quem passa por Bangkok é quase obrigatória.
Em nossa passagem por Bangkok visitamos somente o complexo do Grande Palace, mas há outros templos em Bangkok, alguns deles bem famosos como o Wat Pho, onde fica a escultura gigante do Buda reclinado, o Wat Traimit do Buda de Ouro e o Wat Arun o Templo do Amanhcer localizado às margens do Rio Chao Phraya.
Ainda no segundo dia em Bangkok, à noite, decidimos voltar para conhecer melhor a tão famosa Khao San Road que tínhamos rapidamente passado na noite anterior.
Na pitoresca Khao San você encontrará sem esforços pessoas fazendo massagem tailandesa em espreguiçadeiras no meio da calcada e barracas vendendo insetos para comer. Nós, que sempre adoramos adentrar a cultura local, degustamos um escorpião que para falar a verdade não tinha gosto de nada, talvez de isopor bem salgado e apimentado rsrs.
Aproveitamos ainda para fazer massagem ali mesmo na calçada da Khao San. Há diversas opções de massagem: somente nos pés ou costas, massagem tailandesa (mais completa) etc.
Os preços variam de 150 a 500 bath a depender do tempo e do tipo de massagem escolhido.
Turistas de várias partes do mundo se dividem entre os inúmeros bares da rua. Casais, famílias, grupos e mochileiros solitários. Apesar de um pouco barulhento é um local para todos os tipos de turistas.
Comer um Pad Thai, quer seja em restaurantes quer seja em barracas de rua, também faz parte da experiência “estar na Tailândia”. Pad Thai é uma comida bem tipica na Tailândia, uma mistura de macarrão de arroz com legumes e muita pimenta. É uma ótima opção para quem quer economizar na hora da fome. Um prato farto de Pad thai em barracas de rua custa cerca de 30 a 50 Baths, uma pechincha.
Quando viajamos gostamos de experimentar a comida local, mas também compramos muito em supermercados. Ir em supermercados é uma forma barata de imergir na cultura local. Usamos bastante a rede Seven Eleven, que apesar de suas unidades serem pequenas, estilo das conveniências aqui no Brasil, nos ajudou bastante. Há sempre nas prateleiras refeições práticas e baratas. Como ficamos em apartamento reservado pelo Airbnb , tínhamos a opção de cozinhar e não ficamos limitados a comer fora.
Separamos o terceiro dia inteiro para conhecer uma parte bem moderna de Bangkok, o complexo de Shoppings. Este grande centro de compras está localizado na região do Siam. Vale muito a pena a visita, pois o lugar é muito bonito é possui uma extensa variedade de lojas para todos os gostos e bolsos. O complexo de shoppings fica em uma parte mais afastada da cidade e para chegar até lá você pode ir de ônibus, metrô, barco ou de taxi. Fomos de taxi.
Quando visitamos o local, tivemos a sorte de assistir ao vivo uma luta de Muay Thai aberta ao publico que estava acontecendo bem no meio do complexo. O Muay Thai é um esporte de origem tailandesa, claro, muito praticado no país.
Para fechar o terceiro dia em Bangkok, fomos à noite para rua Rambutri que fica paralela a Khao San Road.
Apesar de estar bem próxima a agitada Khao San, Rambutri é uma rua mais tranquila e charmosa, menos barulhenta e um pouco menos movimentada. Particularmente achamos a rua em si e os bares e restaurantes que lá estão os mais aconchegantes que vimos em Bangkok.
Na noite anterior, quando estávamos na Rambutri, reservamos em uma das inúmeras agências localizadas próximas à Rambutri um passeio para o dia seguinte até o mais popular Floating Market ou Mercado Flutuante de Bangkok . O passeio custou … Bath incluso transporte até o a cidade de Damnoen Saduak, onde fica o mercado e … . O tour de canoa pelos canais é pago separadamente no local e custa.
No dia seguinte saímos bem cedo para o local de encontro e seguimos de van para o mercado. Para chegar até lá gastamos cerca de 2 horas (pegamos trânsito pesado na ida e na volta), ou seja, o tour é demorado, por isso reserve um dia inteiro para o passeio.
O passeio, como em qualquer mercado flutuante, é feito em canoas pelos canais onde vendedores em suas barracas vendem diversos tipos de produtos, desde comidas, souvenires e até fotos com cobras e outros animais exóticos podem ser tiradas durante o passeio pelos canais.
Há outras opções de pacotes para o passeio em um deles, além do tour pelo mercado flutuante, há uma parada em um retiro de elefantes e você pode andar e tirar fotos com os bichinhos e tals… Como esse tipo de turismo não fazia parte dos nossos planos de viagem pela Tailândia, pegamos o pacote mais simples somente para conhecer o mercado.
Apesar de o passeio ser bacana e valer a muito a pena, comprar algo nas barracas pode não ser o melhor negócio, pois os preços dos produtos lá são bem maiores (algumas vezes o dobro) do preço dos produtos em outros locais turísticos de Bangkok.
No ultimo dia decidimos visitar o Asiatique, um mercado noturno bem estruturado de Bangkok, localizado às margens do rio Chao Phraya que atravessa a cidade. Vale muito a pena ir até o mercado para as compras, pois há muita variedade de produtos (roupas, souvenires, comidas, etc.) a bons preços.
Outro mercado muito famoso, aliás o maior mercado noturno de Bangkok é o Chatuchak. Gostaríamos muito de ter o visitado porém como o mercado semente funciona aos fins de semana não foi possível visitá-lo :(.
Uma dica importante para quem visita a Tailândia: evite comprar imagens de Buda ou usar sua imagem indevidamente. Há vários avisos no aeroporto e em pontos turísticos da cidade lembrando sempre aos turistas que “BUDA NÃO É SOUVENIR”. Caso queira realmente levar uma estátua do mestre, não a carregue em bagagem de mão no aeroporto e sim coloque dentro da bagagem despachada, caso contrário, com certeza ela irá ser confiscada no embarque.
Apesar de a capital da Tailândia muitas vezes ser somente uma conexão para as famosas ilhas paradisíacas do país, visitar a cidade pode surpreender até veteranos viajantes. O contraste entre modernidade e preservação dos traços culturais e religiosos faz de Bangkok uma cidade turística para todos os gostos.
Ficamos em dúvida em quantos dias seriam suficientes para conhecer a cidade e no final achamos que os cinco dias inteiros de tour foram suficientes, com dois dias a mais talvez poderíamos ter feito um bate volta até o templos da cidade de Ayutthaya e visitado os outros famosos templos de Bangkok.
Porém, apesar de estarmos com o roteiro apertado (cinco países em um mês) conseguimos explorar os principais pontos turísticos com calma antes de seguir para as ilhas.