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MALÁSIA

KUALA LUMPUR

ROTEIRO EM KUALA LUMPUR COM BATE-VOLTA ATÉ BATU CAVES

MALÁSIA

KUALA LUMPUR

ROTEIRO EM KUALA LUMPUR COM BATE-VOLTA ATÉ BATU CAVES​

Apesar de estar no meio da nossa rota pelo sudeste asiático, Kuala Lumpur não entrou de primeira em nossa lista de lugares a visitar.

Um dia enquanto Rafael pesquisava passagens para a viagem para a Ásia, eu lia uma revista e, coincidentemente, uma foto me chamou atenção: uma enorme e imponente estátua dourada se destacava ao lado de uma enorme escadaria e uma vegetação bem peculiar. Ao ler a descrição da foto veio a surpresa, se tratava de um dos locais mais importantes para os Hyndus na Malásia, Batu Caves, localizada bem perto de Kuala Lumpur. Pesquisando um pouco mais sobre o local foi quase impossível não colocar Kuala Lumpur em nosso roteiro e felizmente ela entrou e contarei aqui um pouco sobre a nossa rápida passagem pela Capital da Malásia.

Entrada para Batu Cave

Resolvemos deixar Malásia para os últimos dias de viagem, depois de passar por,  além de Singapura, Vietnã, Camboja, e Tailândia. Pegamos um voo saindo de Krabi (Tailândia) pela AirAsia e desembarcamos em Kuala Lumpur depois de 1hora e 30 minutos de voo.

Incluir Kuala Lumpur em um roteiro pela Ásia não é nada complicado já que o país está uma rota de muitos voos – inclusive  é o hub de uma das maiores companhias low cost do mundo, a AirAsia – faz fronteira com Singapura (que possui um dos melhores aeroportos do mundo) e com a Tailândia (Bangok atualmente é a cidade mais visitada do mundo).

Sobre Kuala Lumpur

Kuala Lumpur está localizada no sudeste asiático. Com uma população de mais de 1,5 milhões de habitantes, a capital da Malásia é formada por uma mistura de malaios, chineses e indianos e tem como moeda oficial o Riggit Malaio (RM). A língua malaia (Bahasa Malaysia) e o inglês são as línguas oficiais mais faladas pela maior parteda população.

A religião oficial no país é o Islã, praticado por 61% da população, seguido pelo Budismo, Cristianismo e Hinduísmo.

A cidade tem como principais cartões postais as famosas Petronas Towers, que já foram as maiores torres do mundo (452m), e, claro, Batu Caves, o sagrado templo hindu.

Além de ter um transporte público eficiente,  Kuala Lumpur é uma cidade organizada que cresceu rapidamente nos últimos anos e vem recebendo bastantes turistas, muito em razão da sua riquíssima pluralidade cultural.

Localização de Kuala Lumpur no mapa (Fonte: VacationtoGo)

Do aeroporto de Kuala Lumpur até a cidade

Existem três maneiras de ir do aeroporto até o centro de Kuala Lumpor. Táxi, metrô e ônibus.

  • Táxi – 50 minutos até o centro com tarifa fixa ou taxímetro.

  • Metrô – vai até a estação KL Sentral em 28 minutos e custa RM35

  • Ônibus – “Airport Bus Coach Service” vai até a estação KL Sentral em cerca de 1 hora. Custa RM10.

A melhor opção certamente vai depender da sua exigência e prioridades.

Nós pegamos o ônibus por ser a opção mais barata. Fomos até KL Sentral e de lá pegamos uma van (já inclusa no valor) até o Regalia Suites onde nos hospedamos.

O guichê para compra de passagem de ônibus fica dentro do aeroporto. Antes de comprar sua passagem, lá mesmo no guichê, informe seu destino final para a atendente e peça orientações sobre a melhor forma de chegar até o local. 

Onde se hospedar em Kuala Lumpur

Como disse nos hospedamos no Regalia Suites. Com uma estrutura predial fantástica com direito a piscina de borda infinita no rooftop, o Apart Hotel Ragalia Suites está localizado relativamente próximo ao centro de Kuala Lumpur, shopping center e estação de metrô.

Reservamos uma suíte bem confortável e espaçosa pelo AirBnb e achamos que se hospedar lá pode ter um ótimo custo benefício.

Pode ter, pois infelizmente em nossa última noite na acomodação, ao retornar da rua, já à noite, encontramos o apartamento sem energia elétrica (somente a nossa suíte), contactamos imediatamente nosso anfitrião, que, sem conseguir resolver o problema, nos levou para um hotel péssimo em uma localização medonha para passarmos a noite, já que no outro dia de manhã íamos partir. No local o anfitrião ainda me perguntou se eu me importava de ficar em um quarto compartilhado e eu disse definitivamente que sim e exigi um quarto privado.

Se fosse hoje não aceitaria ficar no hotel que ele nos levou e exigiria um local melhor, afinal pagamos pelo conforto na suíte do Regalia. Ponto negativo para o anfitrião, mas ainda sim acho que se hospedar no Regalia Suites valha muito a pena.

Vista da piscina do prédio

O que fazer em Kuala Lumpur

Depois de uma viagem cansativa entre ferry, van, ônibus e avião, desembarcamos no destino final da nossa viagem pelo sudeste asiático. Chegamos em Kuala Lumpur em uma sexta-feira já a noite e tivemos dois dias inteiros para conhecer os principais pontos da cidade.

Iniciamos o primeiro dia na cidade aproveitando a incrível piscina de borda infinita do rooftop do prédio. Da piscina é possível ter uma visão panorâmica da cidade e ver ao fundo as famosas Petronas Towers e KL Tower.

MASJID NEGARA – a grande mesquita Masjid Negara foi o primeiro ponto turístico que visitamos em KL.

A Mesquita Nacional da Malásia, é símbolo nacional do Islã. Reminiscência da Grande Mesquita de Meca, a mesquita possui uma sala de oração principal com 48 cúpulas menores. É capaz de acomodar até 15.000 pessoa. Com uma arquitetura moderna, possui um grande hall decorado com versos do Alcorão.

Para entrar na mesquita homens e mulheres devem tirar os sapatos e cobrir seus braços e pernas (as mulheres devem cobrir a cabeça também). Mas não se preocupe, no local, são fornecidas roupas (túnicas), então mesmo que esteja com uma roupa um pouco menos comportada, poderá adentrar a mesquita.

A mesquita é muito bonita e para nós que nunca tínhamos adentrado nenhuma mesquita ainda foi bem interessante ver e conhecer um pouco mais sobre o islamismo.

Na saída da mesquita fui convidada por um grupo de jovens garotas a experimentar um véu e no final acabei ganhando o véu de presente.

Mesquita Nacional (Masjid Negara).

Após a visita seguimos pela cidade  e passamos pelo Sultan Abdul Samad, obra histórica que serviu como centro adiminnstrativo da colônia britânica. Localizada ao leste da Dataran Merdeka (Praça Merdeka), simboliza a Independência da Malásia do britânicos em 1957.

Sultan Abdul Samad

Interessante é que pela cidade em determinados horários é possível ouvir o som que ecoa dos minaretes (torres) das mesquitas e que conclama os muçulmanos as orações.

MERCADO CENTRAL DE KUALA LUMPUR – a 20 minutos a pé da mesquita Masjid Negara está o Mercado Central de Kuala Lumpur. A ida até o mercado é uma ótima oportunidade para comprar lembrancinhas da cidade. Do lado de fora há uma feira bastante movimentada com produtos típicos, alguns deles bem exóticos. Por isso vale muito a pena passar por lá para conhecer os costumes locais.

Mercado La Boqueria
Durian

 

Não perca a oportunidade de provar o famoso Durian, fruta típica na Asia com cheiro e gostos bem peculiares. 

Provamos dele na feira e para falar a verdade não gostamos muito. O gosto lembra uma mistura de alho com açúcar. De qualquer maneira valeu a pena a experiência rsrs.

Twin Towers Petronas

Depois do mercado seguimos para o local de visita obrigatória para quem vai a Kuala Lumpur: As Twin Towers Petronas. 

PETRONAS TOWER – o principal edifício da cidade e cartão postal, claro, não pode ficar de fora de qualquer roteiro por Kuala Lumpur.

Petronas Twin Tower é uma construção impressionante, sobretudo a noite, quando é destacada pela sua iluminação. É o resultado de um ambicioso projeto idealizado pelo então primeiro ministro da Malásia Mohathir bin Mohamad e executado com a colaboração do arquiteto argentino Cesar Pelli e sua equipe.

Com 451,9 metros de altura, 88 andares, as Twin towers são, hoje, um dos edifícios mais altos do mundo!

É possível fazer uma visita guiada até o interior da torre que começa com displays interativos que mostram as etapas do projeto desde a ideia até a conclusão.

Em seguida subirá 170 metros de elevador até o Skybridge, a estrutura de conexão entre as duas torres e a ponte de dois andares mais alta do mundo. O passeio continua até o 86º andar com uma visão singular de Kuala Lumpur.

BATU CAVES, A PARADA OBRIGATÓRIA EM KUALA LUMPUR

Dedicamos a maior parte do segundo e último dia em KL para visitar o local que nos levou até a Malásia.  E a paisagem impressa na revista que me impressionou quando ainda estávamos montando o roteiro, era tudo aquilo e um pouco mais.

Batu Caves, um conjunto de cavernas e centro de peregrinação hindu, com diversos templos.

Ao chegar em Batu Caves é impossível não se impressionar com a imponência da estátua de 43 metros de altura banhada a ouro do Deus Hindu Murugan estendida bem ao lado de uma escadaria de 272 degraus que dá acesso à três grandes cavernas e outras menores.

Localizada em Selangor a aproximadamente 11 quilômetros ao norte de Kuala Lumpur no distrito de Gombak, Batu Caves é uma das atrações turísticas mais frequentadas de Kuala Lumpur e um local sagrado para os hindus. Isso porque, em 1891, K. Thamboosamy Pillay, líder da comunidade hindu tâmil da Malásia (como a região era então chamada), construiu um templo dentro das cavernas.

Debaixo dos 100 metros de altura da maior e mais pupular das cavernas, a Murugan cave, vários santuários hindus refletem a importância do local para os povos dessa cultura. Outras grande caverna, a Ramayana cave, abriga inúmeras estátuas e pinturas hindus.

Todos os anos devotos de várias partes vão até Batu Caves para o maior festival hindu fora da índia, o Festival Hindu Anual de Thaipusam, que acontece sempre no final de janeiro e, apesar de termos ficado somente dois dias em Kuala Lumpur, para nossa sorte, acreditem, estávamos lá bem no dia do festival.

Durante o festival, que possui muita cor, música e dança, os devotos levam suas ofertas para o Senhor Muruga em estruturas de madeira (kavadis) equilibradas nos ombros. Em alguns casos ganchos e espetos de metal são usados para perfurar pele, bochechas e língua. Presenciamos alguns destes rituais em nossa visita a Batu Caves e não tenho palavras para expressar o quanto é impressionante.

Outra atração do local são os macaquinhos que estão espalhados por toda a caverna, principalmente na escadaria que dá acesso à Murugan Cave. Atenção: ao visitar o local, nada de alimentar os bichinhos e tome bastante cuidado com os seus pertences pois eles podem roubá-los e algumas vezes serem agressivos.

Interior da caverna principal
Participante do evento

Como chegar até Batu Caves

O acesso até as cavernas é super fácil. Você poderá chegar até lá de carro, táxi, ônibus ou trem KTM Komuter partindo de KL Sentral. Caso vá de trem, descerá bem na porta do local na estação Batu Caves.

Bilhetes para entrada na caverna

Se o seu roteiro está com o orçamento apertado, não se preocupe, a visita até a Murugan cave é gratuita! Já a entrada para Ramayana cave custa 5 RM (U$1,10) e para a Cave Villa 15 RM (U$3,40).

Por 35 RM (U$7,80) você pode fazer um tour guiado de aproximadamente 1 hora pela Dark cave. Você entra de um lado da caverna e sai por outro. O tour pela dark cave é feito em grupos com agendamento, uma dica é reservar o tour logo que chegar no local. O valor pago pelo tour inclui, guia, lanterna e capacete.

Vale a pena incluir Kuala Lumpur em roteiro pelo sudeste asiático?

Definitivamente sim! É uma cidade relativamente barata, provida com bom transporte público e com riquíssima diversidade cultural.

Os dois dias que estivemos na cidade não foi suficiente (óbvio) para conhecer tudo, mas ficamos muito satisfeitos em conhecer os principais pontos e principalmente ir à Batu Caves.

Se Kuala Lumpur estiver próxima à sua rota de viagem, certamente não se arrependerá em incluí-la em seu roteiro, mesmo que com poucos dias na cidade.

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