Plano Cartesiano Dicas de Viagem

MARROCOS

MARRAQUEXE

ROTEIRO DE TRÊS DIAS NO PONTO DE PARADA OBRIGATÓRIO DO MARROCOS

MARROCOS

MARRAQUEXE

ROTEIRO DE TRÊS DIAS NO PONTO DE PARADA OBRIGATÓRIO DO MARROCOS​

Quando pensamos em viajar até o Marrocos não criamos muita expectativa. Imaginávamos que seria algo bem rígido por ser um país que preza muito por seus costumes – e os turistas que vão até lá devem entender isso – porém descobrimos que é um país que lida muito bem com o turismo, aliás o turismo é muito bem-vindo. Negociar, se perder pela medina, comer Tajine, comer Cuscuz, fazer tatuagem de henna, se hipnotizar com as luzes das luminárias marroquinas, ir ao Hammam, comer Tajine e Cuscuz de novo… sim , isso tudo é Marrocos! Um país para vivenciar e voltar.

Praça Jemaa El-Fna em Marraquexe vista do alto

Marrocos é um país do norte da África, tem como língua oficial o árabe, porém quase toda a população marroquina fala fluentemente o francês devido à influência da França no país em outros tempos.

Iniciamos nossa viagem pelo Marrocos desembarcando em Marraquexe depois de um voo de 2 horas de Barcelona pela famosa companhia low cost Ryanair. Ainda no aeroporto trocamos dinheiro (cerca de 20 euros), em janeiro a cotação era 1 euro = 11 dihams e compramos um chip de celular que custou 10 euros.

Se tens a pretensão de visitar o Marrocos, Marraquexe com certeza é ponto de parada obrigatório. Também conhecida como a cidade vermelha, Marraquexe está entre as 5 cidades mais populosas do Marrocos, e é também o principal destino turístico do país.

NOSSO ROTEIRO EM MARRAQUEXE

Desembarcamos em Marraquexe já com acomodações reservadas, e para imergir na cultura local reservamos um Riad – típica moradia marroquina com vários quartos e sala de convivência grande – dentro da medina de Marraquexe, o Riad Dar Atika.

Saindo do aeroporto de Marraquexe a melhor opção para ir até sua acomodação, seja ela fora ou dentro da medina, é pegar um taxi. Porém nunca aceite o primeiro preço ofertado, negociar faz parte da cultura marroquina então o preço inicial nunca é o preço final. Tente negociar ao máximo.

Nós pagamos 100 dihams para ir do aeroporto de Marraquexe até a Praça Jamaa El-fna que é a principal praça de Marraquexe, é lá que a maioria das pessoas desembarcam, ou seja, o ponto final de carros e ônibus pois estes não podem transitar dentro da medina, motos transitam e elas sempre aparecem do nada, portanto muita atenção com as motocas dentro da medina rsrs. Muitos Riads oferecem o serviço de transfer, porém por um precinho um pouquinho mais salgado.

Descemos na praça e com malas bem pesadinhas seguimos para nosso Riad, com apenas um medo, se perder dentro da medina, muitos viajantes relatam terem se perdido dentro da medina e não queríamos que isso acontecesse com mochilas pesadas e além disso nem mesmo os locais sabiam exatamente falar onde ficava nosso Riad então demoramos mais do que imaginávamos para encontrar.

chegando em Marraquexe na Praça Jemaa El-Fna

Uma observação: quando chegamos em Marraquexe achávamos que a Praça Jamaa El-Fna era o único lugar ou o mais perto que podíamos desembarcar do táxi para chegar até nosso Riad, porém descobrimos que existia uma local bemmmm mais perto que se soubéssemos teria facilitado bastante nossa chegada. Portanto, verifique com seu anfitrião com antecedência o local que dá o melhor acesso até a acomodação que você reservar.

A Medina

Se você não assistiu a novela O Clone deve estar se perguntando… Medina? o que é medina?. Medina é um aglomerado de residências e comércio cheio de vielas que formam um labirinto, tudo isso circunscrito por um muro. As vielas da medida formam um verdadeiro labirinto sendo muito fácil se perder.
Com o passar dos anos a cidade também foi crescendo fora dos muros e por isso, hoje, a medina é chamada de cidade antiga e a cidade que fica do lado de fora dela, cidade nova.

Depois de rodar bastante pelos labirintos da medina de Marraquexe à procura de nossa acomodação, conseguimos chegar em nosso Riad e fomos muito bem recebidos, claro, com um chazinho bem marroquino.

No Marrocos onde quer que você entre, será recebido com um delicioso chá, geralmente, de menta.

Check in feito, nos arrumamos para literalmente nos perder pela medina no primeiro dia em Marraquexe.

Fomos até a Praça Jamal El-Fna novamente. Já era quase fim de tarde e famintos resolvemos entrar em um dos restaurantes que possuem vista privilegiada para a praça. Na Jamaa El-fna existem várias opções de restaurantes com uma fantástica vista da praça. Achamos interessantíssimo reservar um fim de tarde para apreciar o pôr do sol de Marraquexe em um destes restaurantes.

Vista do alto do Café Restaurant De La Place
Oculos Cartesian

Após experimentar o primeiro (de muitos) Tajine (prato típico do Marrocos) da viagem voltamos para a Jemaa El-Fna para conferir de perto tudo que já tínhamos ouvido falar sobre as atrações que lá acontecem todas as noites.

Jamaa El-Fna é o coração de Marraquexe, é lá que quase tudo acontece. De dia é uma praça de alimentação com vários mercados ou “souks” (como são chamados os mercados no norte da África) em meio à encantadores de serpentes e macacos. À noite as luzes das luminárias marroquinas se acedem e os músicos locais se encontram para fazer muitooo barulho!!! É surreal!

Quase anoitecendo na Praça Jemaa El- Fna
Primeiro Tajine da viagem

O segundo dia em Marraquexe foi inteiramente para explorar com muita calma os mercados da Medina e retornar à Jemaa El-Fna para vicenciar um pouco do que acontece na praça de dia. Compramos algumas das muitas iguarias marroquinas, claro com muita negociação.

Praça Jemaa El-Fna
Mercados da Praça Jemaa El-Fna

Negociar faz parte de qualquer compra no Marrocos, portanto não se sinta acanhado em não aceitar o preço inicial e oferecer um preço menor, um preço justo, claro. Porém em muitos casos você certamente conseguirá negociar por metade do valor ofertado inicialmente e comprovamos isso em vários souvenires marroquinos que compramos.

Andamos muito pela medina de Marraquexe no segundo dia, com calma, sem nos perder, sim isso é possível e conseguimos sair de lá ilesos rsrs.

Uma dica: sempre olhe para as placas indicativas que ficam no alto do teto das vielas da medina e grave o nome escrito na placa, assim saberá de onde veio.

Hamman: o banho marroquino

Iniciamos o terceiro dia em Marraquexe indo ao Hamman, o famoso banho marroquino. Existem diversas casas que oferecem o Hamman em Marraquexe e o banho basicamente consiste em um ritual de banho feito por outra pessoa em uma casa de banho com vários quartos (seco e vapor). Tem origem romana e depois se alastrou por outras partes do mundo, inclusive o Marrocos.

Ir a um banho marroquino, no Marrocos, é uma experiência bem interessante e conto tudo sobre ele neste post.

Sala de espera no Hamman Mile Et Une Nuit

Após o banho, fomos conhecer uma pouco mais de Marraquexe dessa vez do lado de fora da Medina.

No dia seguinte, saímos bem cedo em direção à cereja do bolo da viagem ao Marrocos, o Deserto do Saara.

Onde nos hospedamos

Como citado no começo da matéria, reservamos com antecedência pelo Airbnb uma típica moradia marroquina dentro da medina, um Riad. Se você assistiu o Clone vai se lembrar de vários momentos em que a novela se passava dentro do lar onde a Jade morava no Marrocos, e se não assistiu, imagine um local cheio de quartos e um hall grande em estilo bem marroquino, é mais ou menos isso.

E não estranhe se chegar à porta de seu Riad e encontrar somente uma porta pequena em um muro bemm alto com total privacidade. O lado de dentro pode ser muito surpreendente!

Geralmente na reserva está incluso café da manhã. O Riad que reservamos servia um café da manhã simples, porém suficiente, bem no estilo marroquino. O quarto era limpo e confortável com decoração tipicamente marroquina.

Para quem quer imergir na cultura local a dica é se hospedar dentro da medina, que é, de fato, a região mais procurada pelos turistas.

Café da manhã do Riad

Onde e o que comemos em Marraquexe

Tomávamos café da manhã no Riad (já incluso no valor da diária) e como no lá não tinha cozinha, fazíamos as outras refeições na rua.

Falar em comida típica em Marraquexe é falar em Tajine e Cuszuz, Cuscuz e Tajine rsrs basicamente isso. Tajine, um cozido de carne com legumes servido em uma caçarola de mesmo nome e o Cuscuz de milho com legumes e carne, ambos deliciosos!

Dica: almoçamos em um restaurante muito aconchegante onde comemos o melhor tajine e melhor cuscuz de toda viagem ao Marrocos (com direito à entrada e sobremesa) por um precinho camarada, o La Porte Du Marrakech. Gostamos tanto que voltamos lá mais duas vezes!!

O preço das refeições em Marraquexe ao contrário do Egito eram mais salgados, quase precinho de Europa. Porém tudo irá depender da sua exigência. Andando pela medina em Marraquexe não faltam opções de lanches rápidos. Você encontrará muitas barracas vendendo doces e outros lanches bem marroquinos, e por um preço bacana.

Um detalhe que gostaria de chamar atenção para quem prefere ou precisa se alimentar na acomodação mesmo é que, diferente da Europa, dentro da medina você se hospedará em um Riad e, geralmente, eles não possuem cozinha e além disso não há mercados (muito menos supermercados) fartos – como estamos acostumados – para  que você possa comprar alimentos e prepará-los em casa como sempre fazemos quando estamos em algum país da Europa.

Cuscuz
Tajine
Sobremesa

Temperatura em Marraquexe em Janeiro

Marraquexe se localiza mais ao sul do Marrocos, mas não pense que por estar mais ao sul não faz frio. Faz frio sim, mas um friozinho bem suportável. Nada que roupinhas que usamos no inverno brasileiro (diga-se Minas Gerais rsrs) não resolva o problema.

Você precisará de casacos mais pesados caso faça o tour até o deserto do Saara e lá sim fará muito frio! Conto sobre nossa experiência pelo tour de três dias até o deserto neste post.

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