VENEZA - UM FIM DE SEMANA NA "SERENÍSSIMA"
Venezia, Venice, Veneza…tambem conhecida como “Sereníssima”.
A história de Veneza começa por volta de 400 d.C. quando os habitantes de Veneto, em busca de refúgio dos selvagens bárbaros que conquistaram a Itália após a queda do Império Romano, ocuparam pequenas ilhas da grande Lagoa de Veneza. A construção da cidade, sobre cerca de 120 ilhas, em posição privilegiada onde os inimigos não podiam alcançá-los, entre pântanos e água estagnada, possibilitava os proteger de possíveis ataques. Mais tarde, um engenhoso sistema para aterrar as áreas entre ilhas possibilitou a aproximação destas e consequentemente a formação dos canais de Veneza. Hoje, além de uma das cidades mais fascinantes do mundo, a romântica Veneza é Patrimônio da humanidade pela UNESCO.
Nossa aventura em Veneza iniciou-se às seis horas da manhã do dia 14 de janeiro de 2017, sábado, após nove horas de viagem de ônibus partindo de Budapeste. Desembarcamos em frente à Estação de Tronchetto e de lá pegamos um Vaporetto (transporte aquático), por 7 euros na época, e finalmente desembarcamos em Veneza.
O dia estava prestes a clarear quando descemos do Vaporetto. Caminhamos algumas calles (ruas) e chegamos até uma das Pontes que cortam o Grand Canal, a Ponte dell’Accademia.
Naquele momento o sol saía devagar, as construções, antes escondidas na escuridão da noite, começavam a aparecer, e eu então percebi que estava em Veneza. Meu sonho de criança estava se realizando. O que posso dizer é que palavras não são suficientes para descrever a emoção e o sentimento de gratidão por estar ali.
No alto da Ponte dell’Accademia uma fileira de fotógrafos aguardavam o momento certo do alvorecer para o click perfeito, e nós, claro, também fomos registrar aquele primeiro contato com a “Sereníssima”.
Após algumas fotos (muitas na verdade), seguimos da Ponte dell’Accademia para o Hotel San Maurício. Deixamos nossas malas no hotel e seguimos em direção à cidade para LI-TE-RAL-MEN-TE nos perder em Veneza. Bom, pode parecer clichê falar que nos perdemos em Veneza…mas sim, se perder lá é muito fácil! A menos que você esteja com muita pressa, no final acaba sendo super engraçado.
O PRIMEIRO DIA
Começamos o primeiro dia de tour pelo coração de Veneza, a Piazza de San Marco (Praça de São Marcos), que ainda estava congelada! Na Praça se concentram importantes construções de Veneza como a Basílica de São Marcos, o Palácio Ducal, o Museu Correr e a Torre dell’Orologio. Tomamos o café da manhã lá mesmo, com calma, em um dos deliciosos cafés da praça e de lá aproveitamos para conhecer a Basílica de São Marcos.
Seguimos em direção o Grand Canal. Uma bela paisagem por trás das colunas de São Marcos e de São Teodoro nos esperava e claro registramos o momento na foto abaixo.
O Grand Canal é o maior e mais importante canal de Veneza e se conecta em vários pontos com um labirinto de canais menores. De lá partem muitas das gondolas que percorrem os diversos canais da cidade. Ao longo do Grand Canal quatro pontes conectam um lado ao outro de Veneza, a mais antiga e famosa é a ponte de Rialto – que falaremos mais a frente – as outras três pontes: Ponte dell’Accademia – a primeira que encontramos em nossa chegada – a Ponte Scalzi, que dá acesso à estação ferroviária da cidade, e a Ponte da Constituição, inaugurada em 2008.
Antes de debruçarmos no tradicional macarrão italiano em um pequeno restaurante da cidade fomos conhecer a Ponte dos Suspiros. Construída em estilo barroco no início do século XVII, a ponte destinava-se a ligar a antiga prisão e as salas de interrogatório do Palácio Ducal à nova prisão do outro lado do canal. É assim nomeada por conta do último suspiro dado pelos prisioneiros condenados ao atravessarem sabendo que nela teriam o último vislumbre do mundo exterior.
Retornamos ao hotel para check in, descansar e nos arrumar para a primeira noite em Veneza.
À noite fomos até a Basílica di Santa Maria della Salute, que infelizmente não estava aberta, então retornamos para o jantar. Foi a vez de experimentar a famosa lasanha italiana
No segundo dia em Veneza acordamos bem cedo para realizarmos outro dos meus maiores sonhos, andar de Gôndola. Na época pagamos 80 euros pelo passeio de 30 minutos partindo do Grand Canal, passamos tradicionalmente embaixo da ponte dos suspiros e entramos dentro da cidade através dos pequenos canais, e o que posso dizer a vocês é que valeu cada centavo!! Foi inesquecível ver a cidade por outro ângulo em um romântico passeio – com direito a canto do gondoleiro – pelos canais silenciosos e por onde só se pode chegar de barco, foi tudo e mais um pouco do que eu imaginava, portanto está recomendadíssimo.
Após realizar mais um sonho, seguimos para a ponte de Rialto, a mais famosa das pontes do Grand Canal. Construída entre 1588 e 1591, foi por muitos anos a única ligação permanente com o outro lado do canal. Hoje é um dos principais cartões postais da cidade e com uma maravilhosa vista do pôr do sol, o entardecer é um ótimo horário para fazer lindas fotos na ponte. As lojas de souvenires sobre e próximas à ponte são boas opções para quem quer levar uma lembrancinha para casa.
Bem próximo à ponte fica o tradicional mercado de Rialto, que infelizmente não conhecemos, pois o mercado não abre aos domingos. Então, se você tem a intenção de conhecer o mercado e saber um pouco mais sobre os costumes venezianos, fique atento ao horário de funcionamento.
Para fechar com chave de ouro o fim de semana em Veneza, à noite fomos provar o verdadeiro ravióli italiano em um dos restaurantes de San Marco.
Onde nos hospedamos
Hotel San Mauricio foi nossa acomodação durante o fim de semana em Veneza. Apesar da educação (que sentimos falta) por parte da recepcionista que nos recebeu quando chegamos, gostamos muito da acomodação com quarto e banheiro, em que pese pequenos, bem confortáveis. O hotel fica em excelente localização, no bairro de San Marco.
Resumindo: achamos que vale muito a pena se hospedar dentro de Veneza – mais especificamente no bairro de San Marco, onde ficam as principais atrações – principalmente se estiver por pouco tempo na cidade, como nós, assim irá poupar tempo (de deslocamento) e dinheiro, caso precise utilizar o transporte público (vaporetto) que é caro!
Onde comemos em Veneza
Como descrito acima fizemos todas as nossas refeições em restaurantes de San Marco, afinal nos hospedamos em hotel. Sim, Veneza é uma cidade cara e lá foi o destino em que mais gastamos com alimentação. Porém, pensamos que estar na Itália e não sentar em um bom restaurante com um bom vinho e provar pelo menos uma de suas especialidades, seria como se não tivesse ido até lá.
No último dia, antes de retornamos ao hotel para nos preparamos para a última noite em Veneza, famintos, matamos nossa fome com uma deliciosa e enorme fatia de pizza – a pizza mais gostosa que comemos até hoje – por 3,50 euros em uma simples venda bem próxima à ponte de Rialto. Sim gente, até em Veneza dá pra comer bem por menos. Talvez, com mais tempo na cidade, descobríssemos mais lugares como este e poderíamos compartilhar aqui.
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